CompRaS no Brasil e modelos comparáveis no mundo

Atuando há dois anos no Rio Grande do Sul, o Circuito de Consumo e Comércio - CompRaS, que, em parceria com o Instituto STROhalm de Desenvolvimento – InStroDI, adaptou à realidade do mercado gaúcho o Método C3, criou uma rede de transações que disponibiliza a seus Associados mais negócios com menor custo financeiro.

O Circuito CompRaS, sendo uma iniciativa inovadora, não é um ‘experimento inédito’. Ele baseia-se em conhecimentos práticos e comprovados, não sendo o único C3 no Brasil.

Com forte apoio das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TI e TC) o Circuito atende à demanda de liquidez no mercado, que sofre pelo alto preço dos juros e conseqüentemente por uma falta de capital de giro.

Redes de Transações similares ao Circuito CompRaS existem no mundo inteiro. Já em 1999 o Presidente do Banco da Inglaterra previu numa palestra, onde anunciou que as redes de transações privadas substituiriam o uso de dinheiro como capital de giro.

Hoje existem exemplos de grandes redes como a WIR na Suíça que possui mais de 75.000 empresas participantes, onde o total de transações não monetárias soma mais de 1 bilhão de francos suíços por ano. Na Turquia, a rede Turkbarter realizou somente em 2005 o valor total de mais de 225 milhões de dólares em transações entre empresas participantes.

A International Reciprocal Trade Association – IRTA, especializada no monitoramento de sistemas de transações comparáveis com o Circuito de Consumo e Comércio – C3, publicou no site www.irta.com dados sobre o volume de transações que ocorrem na América como um todo, dentro deste tipo de sistemas.

Segundo estes dados acessíveis através do site na América do Sul, Central e do Norte, aconteceram durante o ano 2004 transações entre empresas participantes de redes de transações não monetárias com um valor total de 4 bilhões de dólares. Estes resultados demonstram a importância e relevância do Circuito CompRaS, pioneiro em desenvolver redes de transações no Rio Grande do Sul.

Em dois anos de atuação no mercado empresarial gaúcho, o sucesso pode ser comprovado pelo número de Associados que chegam a 552, entre pessoas físicas e jurídicas, e o total de circulação interna que ultrapassou os R$ 300 mil. Isto significa que mesmo sendo uma iniciativa inovadora, a sua contribuição já é significativa em ampliar as oportunidades de negócio no nosso mercado.

Fundamentado no Modelo Gaúcho, o Paraná é o segundo Estado Brasileiro a aplicar a metodologia C3, desenvolvendo o Circuito de Consumo e Comércio – C3 Paraná. Lançado em março deste ano, o método está em fase piloto de operações, da qual participam mais de 100 empresas paranaenses do comércio, construção civil entre outras.

Seguindo os exemplos bem sucedidos da Região Sul do País, a metodologia C3 expande-se para o Uruguai. Através do C3 Uruguay, o Grupo STRO, do qual o InStroDI faz parte, extende-se para a América Latina.

De abrangência nacional, O C3 Uruguay conta com fortes parcerias de Instituições Públicas e Privadas.

Camilo Ramada, presidente do Circuito CompRaS diz que a metodologia C3 - que facilita transações entre empresas sem a utilização de dinheiro líquido - é inovadora no Brasil, baseando-se em exemplos de sistemas já operacionais nos Estados Unidos e na Europa. “O sistema funciona como uma câmara de compensações onde os valores comercializados pelos participantes são contabilizados administrativamente, diminuindo a dependência sobre o dinheiro como meio circulante” descreve.

Até o final do ano o CompRaS pretende continuar atendendo a Região Metropolitana de Porto Alegre, e também já expandir as suas operações para o Sul do Estado e Região Fronteiriça, tanto como para a Serra Gaúcha.

Para mais informações acesse o site: www.compras.org.br